Fala inicial Ó meio-dia confuso, ó vinte-e-um de abril sinistro, que intrigas de ouro e de sonho houve em tua formação? Quem ordena, julga e pune? Quem é culpado e inocente? Na mesma cova do tempo cai o castigo e o perdão. Morre a tinta das sentenças e o sangue dos enforcados… – liras, espadas e cruzes pura cinza agora são. Na mesma cova, as palavras, o secreto pensamento, as coroas e os machados, mentira e verdade estão. Cenário O passado não abre a sua porta e não pode entender a nossa pena. Mas, nos campos sem fim que o sonho corta, vejo uma forma no ar subir serena: vaga forma, do tempo desprendida. É a mão do Alferes, que de longe acena. Eloqüência da simples despedida: “Adeus! que trabalhar vou para todos!…” (Esse adeus estremece a minha vida.) Do ouro incansável Por ódio, cobiça, inveja, vai sendo o inferno traçado. Os reis querem seus tributos, – mas não se encontram vassalos. Mil bateias vão rodando, mil bateias sem cansaço. Mil galerias desabam; mil homens ficam sepultos; mil
Sou jornalista, com alma de educadora e educadora, com olhar de jornalista. Apaixonada por pessoas filmes e livros, acho o ser humano fascinante. Aqui meus pensamentos, minhas leituras, minhas paixões.
Comentários
Postar um comentário